
Paolo è l'unico autore del Nuovo Testamento a utilizzare in maniera autoreferenziale le metafore paterna e materna per descrivere la profonda relazione che lo lega alle comunità da lui fondate. Il suo afflato materno si palesa nella cura con la quale egli nutre i suoi convertiti (1Ts 2,7-8) e nella disponibilità ad accettare la sofferenza, pur di generare i suoi figli spirituali alla fede (Gal 4,19). L'annunzio del vangelo fa di lui il padre nella fede (1Cor 4,15), sollecito nell'incoraggiarli, sostenerli e, se necessario, rimproverarli (1Ts 2,11-12) perché non si allontanino da Cristo.
La generazione è l'esperienza più fondamentale, intensa e imprevedibile che un essere umano possa vivere. Questa verità, comune a ogni cultura in ogni tempo, è attestata dalla Bibbia, con una stupefacente varietà di storie, dalla prima all'ultima pagina: essere padre, madre, figlio è uno dei primi modi della rivelazione di Dio, forse quello privilegiato. Esiste un intimo legame tra il mistero di Dio e la catena delle generazioni, come se Dio fosse il ?testimone' consegnato da una generazione all'altra e insieme il custode di quella realtà affascinante e temibile che è il generare. Il libro di Jean-Pierre Sonnet si apre con la esigente domanda sulle origini, che ogni genitore prima o poi si sente rivolgere: «Quando tuo figlio ti chiederà: perché?». L'interrogativo, tratto da un passo-chiave della Scrittura, impedisce di pensare e vivere in modo ripetitivo e automatico il rapporto tra le generazioni. Costringe i padri e le madri a raccontare che cosa li ha tenuti in vita e ha dato anima ai loro giorni, mettendoli così in condizione di essere genitori non solo secondo la carne, ma secondo la parola. Generare alla vita significa narrare, un atto sacro portatore di una fecondità segreta. La narrazione parla di come Dio si è fatto presente nella trama, quasi sempre nascosta, della storia, senza mai arrendersi ai rifiuti, ai rovesci, ai fallimenti, ma trovando con misericordia e ingegnosità incrollabili un varco sempre nuovo per incontrare gli uomini. Di tutto questo ci parla Sonnet attraverso un libro eccezionalmente luminoso, e a tratti commovente. La sua sapiente esplorazione restituisce alla fiducia i molti padri e le molte madri che in questo tempo rassegnato si scoprono privi di parole e racconti da dire ai figli. Saranno i figli stessi che reclameranno ai genitori il misterioso appuntamento tra le generazioni: «I più giovani possiedono l'arte di far tornare alla vita i loro genitori assenti, dimentichi della vita di Dio. Ancora e sempre, Dio visita il suo popolo attraverso la generazione che viene».
"Il destino è la storia che si fa e ha noi come oggetto e non come soggetto." Il destino oggi sgomita, pretende di imporsi. È facile perdersi se non si traduce con esattezza il senso delle cose e il significato delle parole. Haim Bahrier, matematico e psicanalista allievo di Lévinas, è tra i principali studiosi di ermeneutica biblica e di pensiero ebraico. In questo scritto, la sua ricerca curiosa, che spazia tra saggezza biblica e approccio ermeneutico, si mette in cammino sul sentiero della generazione per comprenderne il suo senso profondo.
Un itinerario alla scoperta di Gesù di Nazaret, il Maestro che con le sue parole, le sue azioni, la sua stessa vita insegna ad ogni uomo come essere suo discepolo.
La Bibbia ispira un pensare e un vivere altrimenti. La sua narrazione diventa espressione paradigmatica di un vissuto che ha saputo riorganizzarsi attorno ad alcuni principi orientativi decisivi per la realizzazione di un cammino di libertà, di giustizia, di amore, di felicità. Come letteratura, ancora prima che come testo sacro, la Bibbia offre spazio a una immaginazione diversa, capace di intercettare i nuclei di senso che l'immaginario contemporaneo attesta nel quotidiano. Essa, quindi, è in grado di aprire un futuro diverso e una società nuova. Riattivare l'immaginazione teologica significa introdurre nell'arte del vivere un codice interpretativo che aiuti la capacità di stare al mondo nella ricerca di una differente saggezza.
˛ˇ P r e s e n t e s u l l a s c e n a d e g l i s t u d i t e o l o g i c i e b i b l i c i d a l l a f i n e d e g l i a n n i 6 0 , d i r e t t o r e p e r u n d e c e n n i o d i R i v i s t a B i b l i c a , p r e s i d e n t e d e l l A s s o c i a z i o n e B i b l i c a I t a l i a n a ( A B I ) n e l l u l t i m o q u a d r i e n n i o , R i n a l d o F a b r i s s i a v v i c i n a a l c o m p i m e n t o d e i 7 0 a n n i . C o n l a s e r i e d i s t u d i p r e s e n t a t a d a l v o l u m e i l C o n s i g l i o d i p r e s i d e n z a d e l l A B I i n t e n d e o n o r a r e l a m i c o s t i m a t o . L a r i c c h e z z a d e i c o n t r i b u t i o f f e r t i d a i c o l l e g h i o n o r a i l ´ n e o t e s t a m e n t a r i s t a p l e n a r i o ª , c h e s i Ë d e d i c a t o a i d i f f e r e n t i l i b r i d e l N u o v o T e s t a m e n t o c o n i n t e l l i g e n z a e c o n f r u t t o : c i n q u e s a g g i s o n o d e d i c a t i a l l a t r a d i z i o n e s i n o t t i c a , t r e a g l i A t t i d e g l i A p o s t o l i , c i n q u e a l l a t r a d i z i o n e g i o v a n n e a , s e t t e a l l e L e t t e r e , c i n q u e a l l a s t o r i a d e l l i n t e r p r e t a z i o n e .
S o m m a r i o
I n t r o d u z i o n e ( E . M a n i c a r d i ) . P r e s e n t a z i o n e ( S . G r a s s o ) . P r o f i l o b i o g r a f i c o . B i b l i o g r a f i a d i R . F a b r i s . L a t r a d i z i o n e s i n o t t i c a . L e B e a t i t u d i n i e i l P a d r e n o s t r o . C h i a r i m e n t o s t r u t t u r a l e e c o n t e n u t o ( B . E s t r a d a ) . L a s c e l t a d e i v e r i b e n i n e l d i s c o r s o d e l m o n t e . S t u d i o r e d a z i o n a l e d i M t 6 , 1 9 - 3 4 ( E . M a n i c a r d i ) . I l p r o f e t a d i s p r e z z a t o : r i v e l a z i o n e d i D i o e d u r e z z a d i c u o r e n e l d i s c o r s o i n p a r a b o l e M t 1 3 ( G . B e n z i ) . P e r c h È l u o m o n o n s e p a r i q u e l l o c h e D i o c o n g i u n s e . L i n e e d i l e t t u r a d i M a r c o 1 0 , 1 - 1 2 ( E . B o r g h i ) . L a p a r a b o l a d e i v i g n a i o l i o m i c i d i a l i v e l l o d e l G e s ˘ s t o r i c o . C o n t r i b u i t o a l l a r i c e r c a d e l l o s t a d i o p r e r e d a z i o n a l e ( R . D e Z a n ) . Q u e s t i o n i a t t o r n o a l l a t o m b a a p e r t a e v u o t a ( M c 1 6 , 1 - 8 ) ( G . R o s s È ) . L a t r a d i z i o n e g i o v a n n e a . I n p r i n c i p i o e r a l a c o m u n i c a z i o n e : p o l i s e m i a d e l t e r m i n e l o g o s n e l Q u a r t o v a n g e l o ( G v 1 , 1 ) ( S . G r a s s o ) . R i l e t t u r a d e l f o r m u l a r i o g i o v a n n e o a t t i n e n t e l e v e n t o d e l l a r i s u r r e z i o n e d i G e s ˘ . L e s p r e s s i o n e n o n e r a a n c o r a l o S p i r i t o ( G v 7 , 3 9 ) ( M . - L . R i g a t o ) . P e c c a t o e p e c c a t o r i i n G v 9 ( M . M a r c h e s e l l i ) . L o S p i r i t o d i v e r i t ‡ : s t r u t t u r a e m e s s a g g i o d i G v 1 5 , 2 6 - 1 6 , 1 5 ( G . G i u r i s a t o ) . G v 2 0 e L i n c r e d u l i t ‡ d i S . T o m m a s o ( Y . R e d a l i È ) . M i a m i t u p i ˘ d i & . U n a p r o p o s t a p e r G v 2 1 , 1 5 b ( M . O r s a t t i ) . A t t i d e g l i A p o s t o l i . I d u e v o l t i d i u n u n i c o a n n u n c i o . P i e t r o e P a o l o n e g l i A t t i d e g l i a p o s t o l i ( G . P e r e g o ) . A t 8 , 2 6 - 4 0 : M a l a s u a p o s t e r i t ‡ c h i p o t r ‡ m a i d e s c r i v e r l a ? L e p i s o d i o d e l l e u n u c o , u n c a s o s i n g o l a r e d i e v a n g e l i z z a z i o n e ( R . F i l i p p i n i ) . I s a n t i p r o f e t i ( L c 1 , 7 0 A t 3 , 2 1 ; 2 P t 3 , 2 ) . L a s a n t i t ‡ n e l l a m e d i a z i o n e d e l l a p a r o l a d i D i o ( G . G h i b e r t i ) . L e L e t t e r e . L u s o t e o l o g i c o d i k a l e i n k l s i s i n P a o l o ( G . D e V i r g i l i o ) . I n i n t e r i t u m c a r n i s ( 1 C o r 5 , 5 ) ( G . B i g u z z i ) . 1 Q S X I , 2 b - 2 2 : u n a b e r a k a h a l l e o r i g i n i d i E f 1 , 3 - 1 0 ( M . M a r e n c o ) . D a l l a f o r m a d i D i o a l l a f o r m a d i s c h i a v o : d u e c a t e g o r i e c u l t u r a l i s u l l o s f o n d o d i F i l 2 , 6 - 7 ( R . P e n n a ) . L a c o n f o r m a z i o n e a l m i s t e r o p a s q u a l e d i C r i s t o q u a l e e l e m e n t o f o n d a n t e l i d e n t i t ‡ d e l c r e d e n t e P a o l o : F i l 3 , 7 - 1 1 ( S . R o m a n e l l o ) . I l c o m p i m e n t o c r i s t o l o g i c o d e l l A n t i c o T e s t a m e n t o n e l l a L e t t e r a a g l i E b r e i ( F . M a n z i ) . L a P a r o l a d e l l a r i g e n e r a z i o n e n e l l a P r i m a l e t t e r a d i P i e t r o ( E . B o s e t t i ) . S t u d i v a r i . L a s c r i t t u r a n e l l a S c r i t t u r a : i l l e s s i c o d e l m a t e r i a l e s c r i t t o r i o n e l l a B i b b i a g r e c a ( A . P a s s o n i D e l l A c q u a ) . R e s t a a n c o r a q u a l c o s a d e l l e v i t e d i G e s ˘ d e l l a t e o l o g i a l i b e r a l e ? ( G . J o s s a ) . I l p r o b l e m a d e l r a p p o r t o G e s ˘ - P a o l o ( G . B a r b a g l i o ) . L e r a d i c i b i b l i c h e d e l p r e c o n i o p a s q u a l e : l E x u l t e t ( S . A . P a n i m o l l e ) . Q u a n d o s i p u Ú d i r e c h e u n a r t i c o l o Ë m o l t o b i b l i c o ? ( C . B u z z e t t i ) . I n d i c i .
N o t e s u i c u r a t o r i
S a n t i G r a s s o Ë d o c e n t e d i e s e g e s i n e o t e s t a m e n t a r i a p r e s s o l o S t u d i o t e o l o g i c o i n t e r d i o c e s a n o d i G o r i z i a , T r i e s t e e U d i n e .
E r m e n e g i l d o M a n i c a r d i ( 1 9 4 8 ) , i n s i g n e b i b l i s t a , g i ‡ p r e s i d e d e l l o S t u d i o t e o l o g i c o a c c a d e m i c o b o l o g n e s e e r e t t o i n F a c o l t ‡ t e o l o g i c a d e l l E m i l i a - R o m a g n a , Ë r e t t o r e d e l l A l m o C o l l e g i o C a p r a n i c a d i R o m a .
Continua la pubblicazione dei singoli libri della Bibbia, accompagnati dall'introduzione di un protagonista della letteratura (ma non solo). In questo caso, Steven Rose, docente di biologia presso la Open University di Londra. Così la Bibbia si offre come opera letteraria di immenso valore culturale e non solo teologico: l'interpretazione degli autori di oggi prescinde da qualsiasi lettura confessionale. Ne è un esempio il prologo che Rose ha scritto per il primo libro della Bibbia: la sua difficile identità (ebreo, ateo, biologo) ci permette infatti di leggere la "Genesi" in chiave moderna, legandola a problemi scientifici ed etici sempre attuali.
Il volume si compone di tre parti o sezioni. La prima: un'introduzione al Pentateuco (Tôrâh oppure ?ûmâs) e a tutta la problematica interpretativa, che si è venuta delineando soprattutto dal XVII secolo in avanti. In essa si evidenzia come il commentario costituisca una "nuova lettura" di Genesi e si esplicita il metodo di lavoro utilizzato nella seconda sezione - più ampia e analitica -, suddivisa a sua volta in ulteriori due grandi parti: L'eziologia metastorica (1,1 - 11,26) e I racconti patriarcali (11,27 - 50,26). La sezione terza sintetizza le conclusioni generali del commentario, sottolineando anzitutto il guadagno interpretativo del metodo di lavoro adottato. Essa non si prefigge quindi di sviluppare le singole voci di teologia biblica, già offerte alla conclusione di (quasi) ogni pericope, bensì di mettere a fuoco due considerazioni conclusive, ovvero: 1) la teologia del Libro di Genesi qua talis; e 2) Genesi nella cornice del Pentateuco. Nuova versione, introduzione e commento di Gianantonio Borgonovo.
Ben costruito secondo le più recenti teorie sulla narratività, il commento di David Cotter rompe le simmetrie, mette in moto nozioni fisse da tempo, semplicemente aiutando a cambiare il punto di vista. Come? Per esempio raccontando ciò che si vede dalla prospettiva in cui ci si trova; seguendo il principio secondo cui quel che conta è in ciò che non viene detto; leggendo con occhi diversi le miniature letterarie che la Bibbia ci presenta. Attentissimo alle ripetizioni (là dove un tema viene ripreso) e alla caratterizzazione dei personaggi, Cotter ci mette così di fronte a una lettura cinematografica della Genesi. Dove le scene non sono pannelli statici, ma sequenze in movimento. E dove l'agente principale è Dio. Sì, nel libro della Genesi Dio è sempre salvatore: salva la creazione dalla sterilità dell'insensatezza e chiama l'umanità a condividere la stessa sfida. Sceglie una famiglia - tribolata, lacerata da gelosie, non immune da conflitti - e la benedice, perché sia essa stessa mediatrice di quella benedizione per il mondo. Generazione dopo generazione, quella famiglia imperfetta non risulta mai completamente trasformata, eppure è amata nonostante il suo claudicare.

